O chimarrão ou mate é uma bebida característica da cultura do sul da América do Sul.
É um hábito legado pelas culturas indígenas quíchuas, aimarás e guaranis.
É composto por uma cuia, uma bomba, erva-mate moída e água morna. O termo mate (oriundo do quíchua mati), como sinônimo de chimarrão, é mais utilizado nos países de língua castelhana.
O termo "chimarrão" é o mais adotado no Brasil, embora seja um termo oriundo da palavra castelhana cimarrón, que designa, por sua vez, o gado domesticado que retornou ao estado de vida selvagem, e também o cão sem dono, bravio, que se alimenta de animais que caça.
O chimarrão chegou a ser proibido no sul do Brasil durante o século XVI, sendo considerado "erva do diabo" pelos padres jesuítas das reduções do Guairá. A partir do século XVII, no entanto, os mesmos mudaram sua atitude para com a bebida e passaram a incentivar seu uso com o objetivo de afastar a população local do consumo de bebidas alcoólicas.
O chimarrão é montado com erva-mate moída, adicionada de água quente (sem ferver). Tem gosto mais ou menos amargo, dependendo da qualidade da erva-mate, que, pronta para o uso, consiste em folhas e ramos finos (menos de 1,5 mm), secos e triturados, passados em peneira grossa, de cor que varia do verde ao amarelo-palha, havendo uma grande variedade de tipos, uns mais finos, outros mais encorpados, vendidos a diversos preços. O predomínio de folhas ou talos em sua composição, bem como sua granulometria, variam de região para região.
Estudos detectaram, na bebida, a presença de muitas vitaminas, como as do complexo B, a vitamina C e a vitamina D, e de sais minerais, como cálcio, manganês e potássio. Combate os radicais livres. Auxilia na digestão e produz efeitos antirreumático, diurético, estimulante e laxante. Não é indicado para pessoas que sofrem de insônia e nervosismo, pois é estimulante natural. Contém saponina, que é um dos componentes da testosterona, razão pela qual melhora a libido.
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